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Como o trabalho está acabando com a saúde das pessoas?

Publicado em 24 de abril de 2025
Correio Braziliense

O burnout, ou síndrome do esgotamento profissional, tem se tornado um tema cada vez mais discutido no ambiente de trabalho contemporâneo. Estudos recentes revelam que uma grande parcela da força de trabalho global está enfrentando níveis alarmantes de exaustão física e mental. Este fenômeno não se limita a um grupo específico, afetando diversas gerações e gêneros de maneira significativa.

Dados coletados por pesquisas indicam que a geração Z e os millennials são os mais afetados por essa condição. A pressão para alcançar o sucesso profissional e a dificuldade em equilibrar a vida pessoal e profissional são fatores que contribuem para o aumento dos casos de burnout. Além disso, a percepção de que o esgotamento é uma parte inevitável do sucesso profissional está se tornando cada vez mais comum.

 

O que é burnout e como ele afeta os trabalhadores?

O burnout é caracterizado por uma exaustão extrema e crônica que pode resultar em uma série de problemas de saúde, incluindo ansiedade, insônia e depressão. Esta condição não é apenas um cansaço comum, mas um estado de esgotamento que afeta a capacidade do indivíduo de funcionar de maneira eficaz no trabalho e na vida pessoal.

As estatísticas mostram que o burnout afeta homens e mulheres de maneira diferente, com uma porcentagem maior de mulheres relatando sofrer desta condição. A Organização Mundial da Saúde estima que milhões de dias de trabalho são perdidos anualmente devido a problemas de saúde mental relacionados ao burnout, resultando em uma perda significativa de produtividade para as empresas.

 

Por que o burnout está se tornando mais comum?

O aumento dos casos de burnout pode ser atribuído a vários fatores, incluindo a cultura de trabalho atual que muitas vezes prioriza a produtividade em detrimento do bem-estar dos funcionários. A pandemia de COVID-19 também desempenhou um papel significativo, alterando a dinâmica do trabalho e aumentando o estresse e a ansiedade entre os trabalhadores.

Além disso, a falta de limites claros entre o trabalho e a vida pessoal, especialmente com o aumento do trabalho remoto, contribuiu para o aumento do burnout. Muitos trabalhadores relatam sentir-se sobrecarregados e incapazes de se desconectar do trabalho, o que leva a um ciclo de exaustão contínua.

 

Como a escala 6×1 está acabando com o mental dos trabalhadores?

O formato de emprego 6×1, no qual o trabalhador tem um dia de folga a cada seis dias de trabalho, tem sido cada vez mais questionado por seu impacto negativo na saúde mental dos empregados. Esse modelo, que prioriza longos períodos de trabalho sem descanso adequado, tem contribuído para o aumento do estresse, ansiedade e até exaustão física e emocional. Aqui estão algumas maneiras pelas quais ele pode afetar o bem-estar dos trabalhadores:

  1. Falta de tempo para recuperação: Com apenas um dia de descanso, o trabalhador tem pouco tempo para se recuperar fisicamente e mentalmente. Isso pode levar à sobrecarga, causando um acúmulo de estresse e fadiga.
  2. Impacto nas relações pessoais: O tempo reduzido de descanso afeta a vida social e familiar, pois o trabalhador não consegue dedicar tempo suficiente para lazer, descanso ou para estar com a família. Isso pode gerar sentimentos de solidão e distanciamento das relações pessoais.
  3. Aumento do estresse e da ansiedade: O ritmo acelerado de trabalho e a falta de descanso adequado contribuem para níveis elevados de estresse, o que pode levar ao aumento da ansiedade, insônia e, eventualmente, ao esgotamento mental.
  4. Baixa produtividade a longo prazo: A sobrecarga de trabalho constante sem pausas adequadas pode diminuir a produtividade. Embora o trabalhador possa produzir mais em um dia ou dois, o cansaço acumulado afeta a qualidade do trabalho e a motivação a longo prazo.
  5. Dificuldade de lidar com questões emocionais: Quando o trabalhador está constantemente sob pressão e sem tempo para si mesmo, fica mais difícil lidar com questões emocionais e psicológicas. Isso pode contribuir para o aumento de problemas como depressão e síndrome de burnout.

Esse modelo de trabalho não leva em consideração as necessidades humanas de descanso e reequilíbrio, tornando-se uma das principais causas de sofrimento mental para muitos trabalhadores.

 

Como as empresas podem combater o burnout?

Para combater o burnout, as empresas precisam adotar uma abordagem mais centrada no bem-estar dos funcionários. Isso inclui implementar políticas que promovam um equilíbrio saudável entre vida pessoal e profissional, oferecer suporte adequado à saúde mental e criar um ambiente de trabalho que valorize o respeito e o reconhecimento.

Além disso, é essencial que as empresas incentivem uma cultura de comunicação aberta, onde os funcionários se sintam à vontade para expressar suas preocupações e buscar ajuda quando necessário. Investir em programas de treinamento e desenvolvimento também pode ajudar a reduzir o estresse e aumentar o engajamento dos funcionários.

 

Qual é o futuro do trabalho em relação ao burnout?

O futuro do trabalho em relação ao burnout dependerá de como as empresas e a sociedade em geral respondem a este desafio crescente. É crucial que haja uma mudança de paradigma em relação à forma como o trabalho é percebido e gerenciado. Priorizar o bem-estar dos funcionários não é apenas uma questão de responsabilidade social, mas também uma estratégia eficaz para aumentar a produtividade e a satisfação no trabalho.

À medida que mais pessoas se conscientizam dos impactos negativos do burnout, espera-se que as empresas adotem práticas mais sustentáveis e humanas. O objetivo é criar um ambiente de trabalho onde os indivíduos possam prosperar sem sacrificar sua saúde e bem-estar.

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